Quando falamos em câncer de pulmão em geral estamos nos referindo aos tumores que se originam no próprio órgão, os quais chamamos de câncer (ou neoplasia) primário(a) de pulmão. Mas o pulmão também pode ser acometido por tumores originários de outros órgãos, e nesse caso estamos nos referindo às metástases pulmonares.
O câncer primário de pulmão é um dos tumores mais frequentes na população e está altamente relacionado ao tabagismo (hábito de fumar). No Brasil, é o terceiro câncer mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres.
Já as metástases pulmonares são nódulos que se originam a partir de tumores de outros órgãos, sendo os mais comuns o câncer de intestino (colorretal), sarcomas, tumores germinativos, tumores do rim e melanoma.
O câncer de pulmão não costuma dar sintomas em sua fase inicial, sendo o diagnóstico muitas vezes feito por acaso (incidental), durante a investigação de outras doenças, quando o paciente realiza algum exame de imagem (radiografia ou tomografia de tórax) e encontra um nódulo pulmonar.
Quando a doença apresenta algum sintoma, geralmente este está relacionado à invasão pelo tumor de estruturas próximas a ele, podendo o paciente apresentar dor, tosse, hemoptise (sangramento no escarro), falta de ar, rouquidão e perda de peso.
Justamente pelo fato de o câncer de pulmão em sua fase inicial não dar sintomas, é importante que pessoas com fatores de risco para este tipo de câncer sejam orientadas a entrar num programa de rastreamento de câncer de pulmão.
Para saber mais sobre o rastreamento de câncer de pulmão clique aqui
O diagnóstico geralmente é feito por um exame de imagem, mais comumente uma tomografia de tórax. O achado de um nódulo ou massa pulmonar levanta a suspeita do câncer, e geralmente o médico solicita uma biópsia para confirmação. A biópsia consiste na retirada de um pequeno fragmento do tumor e pode ser realizada através de uma tomografia (biópsia percutânea) ou por broncoscopia. Também existem casos mais raros onde é necessário realizar uma cirurgia para realização da biópsia.
A decisão de operar um câncer de pulmão depende de alguns fatores que o médico irá avaliar. Primeiramente, precisamos saber se o câncer está localizado apenas no pulmão ou se apresenta sinais de metástases (quando o tumor inicial se espalha para outros órgãos, geralmente cérebro, ossos, glândula supra-renal e fígado). Em segundo lugar, precisamos avaliar as condições clínicas do doente, pois a cirurgia consiste na retirada de uma parte do pulmão e para isso o paciente precisa apresentar boas condições pulmonar e cardíaca.
Por isso, além da tomografia de tórax inicial, em geral são solicitados outros exames para estadiamento (investigação de possíveis metástases) como o PET-Scan (tomografia por emissão de pósitrons) e a ressonância do sistema nervoso central, além de exames para avaliação da função pulmonar (espirometria ou ergoespirometria) e cardíaca (ecocardiograma).
Quando o tumor é localizado no pulmão e o paciente apresenta boas condições clínicas, a cirurgia é indicada. Por outro lado, quando a investigação levanta suspeita de metástases ou o paciente apresenta condições clínicas limitantes, outros exames ou biópsias podem ser necessários e normalmente um time multidisciplinar (com médicos oncologistas, cirurgiões, pneumologistas e radiologistas) irá se reunir para decidir o melhor tratamento.
A cirurgia para o câncer primário de pulmão envolve a retirada de uma parte do pulmão, podendo ser uma lobectomia, segmentectomia ou pneumonectomia. Isso irá depender do tamanho e da localização do tumor.
Atualmente realizamos essas cirurgias de forma minimamente invasiva, preferencialmente através da cirurgia robótica.
As metástases pulmonares podem ser silenciosas, não dando nenhum sintoma, mesmo quando presentes em maior número. Normalmente são diagnosticadas através de exames de imagem, como radiografia ou tomografia de tórax, durante o seguimento de outra doença oncológica.
Alguns casos podem apresentar sintomas como tosse, hemoptise (sangramento no escarro), falta de ar, dor torácica. Esses sintomas acontecem geralmente por invasão de outras estruturas ou órgãos.
O diagnóstico é feito através de exames de imagem, geralmente a tomografia de tórax. A decisão de biopsiar ou não um nódulo pulmonar suspeito para metástase pulmonar leva em conta alguns fatores que normalmente são discutidos individualmente com o oncologista do paciente.
A biópsia pode ser feita através de uma punção com agulha guiada por uma tomografia de tórax. Alguns casos também podem ser biopsiados por broncoscopia ou através de uma videotoracoscopia.
De forma geral, o principal tratamento para tumores metastáticos é a quimioterapia ou a imunoterapia.
A decisão de operar as metástases pulmonares depende de alguns fatores. Em primeiro lugar, é necessário avaliar se o tumor primário (de onde se originou a doença) está controlado e se não há doença residual. Também é necessário que não existam metástases em outros órgãos e que os nódulos presentes no pulmão sejam todos acessíveis durante a cirurgia.
A cirurgia geralmente é indicada quando não há um tratamento sistêmico (quimioterapia ou imunoterapia) mais efetivo ou quando esse já foi realizado e sobraram alguns nódulos no pulmão.
Também existem outras opções de tratamento não cirúrgico como a radioterapia esteriotáxica e a radioablação, que geralmente são reservados para pacientes com condição clínica limitante para cirurgia.
Na maioria das vezes a cirurgia consiste na retirada dos nódulos com uma margem de segurança, o que chamamos de nodulectomia ou ressecção em cunha. Em alguns casos também pode ser realizada uma segmentectomia pulmonar e mais raramente uma lobectomia. O acesso cirúrgico pode ser feito por videotoracoscopia ou cirurgia robótica.
O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por câncer em todo o mundo, mas a boa notícia é que ele pode ser detectado precocemente com o RASTREAMENTO adequado.
Atualmente já existem várias diretrizes internacionais orientando como e para quem deve ser realizado o rastreamento.
Em linhas gerais, o rastreamento é indicado para pessoas entre 50 a 80 anos, fumantes ativos ou ex-fumantes que pararam de fumar há menos de 15 anos, e que fumaram uma carga alta de cigarros na vida. Consideramos uma carga tabágica alta quando a pessoa fumou o equivalente a 1 maço de cigarros por dia por mais de 20 anos (ou 2 maços por 10 anos). Também é importante que o paciente apresente uma boa saúde geral, pois estamos procurando pessoas com câncer de pulmão que tenham condições de serem submetidas a um tratamento curativo.
Outros fatores que influenciam na decisão são: histórico familiar de câncer de pulmão, presença de outras condições pulmonares como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e exposição a agentes carcinógenos como radônio e amianto.
O rastreamento deve ser feito com Tomografia de Tórax de Baixa Dose, que é uma forma de reduzir a exposição do paciente à radiação usada na tomografia. Esse exame deve ser feito com uma frequência anual.
Caso seja encontrado algum nódulo pulmonar suspeito, o médico especialista irá decidir entre acompanhar esse nódulo mais de perto, ou seja, com tomografia de tórax num intervalo de tempo mais curto ou prosseguir a investigação com uma biópsia de pulmão.
Bem-vindos ao meu site! Sou a Dra. Leticia Lauricella, médica especialista em Cirurgia torácica. Formei-me em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde fiz minha residência em Cirurgia Geral. Também fiz residência em Cirurgia Torácica, desta vez na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Possuo doutorado pelo INCOR/FMUSP.
Atuo no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e sou Professora Colaboradora da Disciplina de Cirurgia Torácica da FMUSP. Além disso, coordeno o Registro Brasileiro de Câncer de Pulmão e sou membro titular da SBCT e cirurgia robótica certificada pela Intuitive.
Meu objetivo é sempre oferecer aos meus pacientes as opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busco contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa.
Neste site, você poderá encontrar mais informações sobre minha trajetória profissional, minhas áreas de atuação e os serviços que ofereço. Sinta-se à vontade para entrar em contato comigo para marcar uma consulta ou para esclarecer qualquer dúvida. Obrigada pela visita!
O pulmão tem uma capacidade limitada de regeneração. Ele pode se recuperar de lesões menores, como pequenas inflamações e infecções, por meio da regeneração de células e tecidos danificados. No entanto, em casos de remoção cirúrgica de uma parte do pulmão, o órgão não é capaz de regenerar a parte removida.
Apesar disso, o pulmão restante pode se expandir e assumir algumas das funções da parte removida, de modo que a maioria das pessoas consegue respirar normalmente após uma cirurgia de remoção parcial do pulmão.
O grau de comprometimento da respiração após a remoção parcial do pulmão pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de vários fatores, como a quantidade de tecido pulmonar removido, a condição pulmonar pré-existente e o estilo de vida da pessoa. Em alguns casos, a fisioterapia respiratória pode ser recomendada para ajudar a melhorar a função pulmonar e minimizar os sintomas respiratórios após a cirurgia.
Por isso, a avaliação da capacidade pulmonar é extremamente importante no pré-operatório, principalmente em fumantes, ex-fumantes e pessoas com outras doenças pulmonares pré-existentes.
A lobectomia pulmonar é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção de um lobo do pulmão, geralmente devido a um tumor ou outras condições médicas graves. A recuperação cirúrgica pode variar de paciente para paciente, mas geralmente envolve os seguintes aspectos:
É importante lembrar que cada paciente é único e a recuperação pode variar. Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas e ter uma boa comunicação com a equipe de saúde responsável pelo cuidado.
Sim, é altamente recomendado que você pare de fumar antes de realizar uma cirurgia pulmonar. O tabagismo pode causar danos significativos aos pulmões, tornando a cirurgia mais arriscada e aumentando o tempo de recuperação. Além disso, fumar também pode afetar a cicatrização de feridas e aumentar o risco de complicações pós-operatórias, como infecções. Portanto, é essencial que você pare de fumar pelo menos algumas semanas antes da cirurgia e continue abstendo-se do tabaco durante o período de recuperação para maximizar as chances de uma cirurgia bem-sucedida e uma recuperação mais rápida.
Se você tiver dificuldade em parar de fumar, converse com seu médico sobre opções de apoio ou programas de cessação do tabagismo.
A cirurgia no pulmão é um procedimento importante e pode ser assustador, mas existem algumas medidas que você pode tomar para se preparar para a cirurgia e garantir que a recuperação seja o mais suave possível. Aqui estão algumas dicas:
Lembre-se de que cada pessoa é diferente e as necessidades de preparação podem variar de acordo com cada caso. Por isso, é importante seguir as instruções específicas do seu médico e equipe de cuidados de saúde.
A decisão de operar as metástases pulmonares depende de alguns fatores. Em primeiro lugar, é necessário avaliar se o tumor primário (de onde se originou a doença) está controlado e se não há doença residual. Também é necessário que não existam metástases em outros órgãos e que os nódulos presentes no pulmão sejam todos acessíveis durante a cirurgia.
A cirurgia geralmente é indicada quando não há um tratamento sistêmico (quimioterapia ou imunoterapia) mais efetivo ou quando esse já foi realizado e sobraram alguns nódulos no pulmão.
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