Publicado em: Julho de 2023
Atualizado em: Junho de 2024
Receber o diagnóstico de câncer de pulmão é uma experiência profundamente angustiante. Nesse momento de incertezas, é natural buscar respostas e compreender a perspectiva de cura para essa doença.
Vamos abordar as angústias enfrentadas após o diagnóstico, trazendo informações técnicas para ajudar a entender melhor o câncer de pulmão e suas possibilidades de tratamento.
O câncer de pulmão é uma enfermidade que se desenvolve nas células dos pulmões. Em sua forma mais básica, o câncer ocorre quando as células pulmonares sofrem
mutações
em seu material genético, resultando em um crescimento descontrolado e potencialmente maligno.
De uma forma geral, dividimos em duas categorias
principais: o carcinoma de pulmão de células não pequenas (CPNPC) e o carcinoma de pulmão de células pequenas (CPPC).
Cada um desses tipos apresenta características distintas em termos de crescimento, padrão de disseminação e resposta ao tratamento. Enquanto o
CPCNP
é mais comum e tende a crescer e se espalhar mais lentamente, tendo maior possibilidade de cura, o
CPCP
é mais agressivo e propenso a se disseminar rapidamente para outras partes do corpo.
A gravidade do câncer de pulmão é determinada por seu
estágio, que indica o quão avançado o tumor está. Os estágios variam de I (inicial) a IV (avançado).
Estágio I:
Neste estágio inicial, o câncer tem até 3 cm de diâmetro e está limitado ao pulmão sem evidências de disseminação para os gânglios linfáticos ou outras áreas do corpo.
O tratamento geralmente envolve cirurgia para remover o tumor, muitas vezes seguida de terapia adjuvante, como quimioterapia ou radioterapia, para eliminar quaisquer células cancerosas remanescentes e reduzir o risco de recorrência. Nesse estágio é mais passível de ser tratado com sucesso, visando a cura da doença.
Estágio II:
No estágio II, o câncer ainda está localizado no pulmão, porém tem até 5cm de diâmetro, podendo também invadir a pleura e ter atingido alguns gânglios do hilo pulmonar. O tratamento em geral envolve uma combinação de cirurgia e quimioterapia e/ou imunoterapia ou terapia alvo, com intuito curativo.
Estágio III:
Neste estágio mais avançado, o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos próximos ao pulmão ou para estruturas adjacentes, como a parede torácica ou o diafragma.
O tratamento geralmente inclui uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, às vezes seguida de imunoterapia ou terapia-alvo, dependendo da resposta do paciente e da viabilidade cirúrgica. Nesse estágio, devido a disseminação, pode haver uma dificuldade para a cura completa.
Estágio IV:
Este é o estágio mais avançado do câncer de pulmão, no qual o tumor se disseminou para outras partes do corpo, como o fígado, cérebro, ossos ou outras áreas dos pulmões.
O tratamento neste estágio é frequentemente focado em aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida, com opções como quimioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e radioterapia paliativa. Nesse estágio, devido a disseminação, também pode haver uma dificuldade para a cura completa.
Para saber qual o estágio em que a doença se encontra no momento diagnóstico, alguns exames precisam ser realizados com o objetivo de
investigar a presença ou não de metástases (quando as células cancerígenas migram do local de origem para outros órgãos).
Geralmente são solicitados exames como tomografia de tórax, ressonância de crânio, PET- CT ( tomografia por emissão de pósitrons) e em alguns casos é necessário a realização de exames mais invasivos como EBUS e mediastinoscopia.
Este exame de imagem é frequentemente o primeiro passo na investigação do câncer de pulmão. Ele fornece uma visão detalhada dos pulmões e estruturas adjacentes, permitindo que os médicos identifiquem tumores e determinem sua extensão.
A ressonância magnética do crânio é frequentemente solicitada para avaliar se o câncer se disseminou para o cérebro, uma das áreas comuns de metástase do câncer de pulmão. Este exame ajuda a determinar o estágio da doença e guiar o plano de tratamento.
O PET-CT é uma técnica avançada que combina tomografia computadorizada com uma substância radioativa, permitindo uma avaliação detalhada do metabolismo celular. Isso pode ajudar a identificar áreas de atividade metabólica elevada, indicativas de tumores e metástases.
Em alguns casos, exames mais invasivos podem ser necessários para confirmar o estágio do câncer de pulmão e orientar o tratamento. Isso pode incluir a realização de uma broncoscopia com biópsia, EBUS (broncoscopia ultrassônica endobrônquica) ou mediastinoscopia, para avaliar os gânglios linfáticos e outras estruturas no tórax.
É importante ressaltar que a escolha dos exames a serem realizados depende da situação específica de cada paciente, incluindo o tipo e estágio suspeito do câncer, bem como sua saúde geral e outras condições médicas.
As opções de tratamento para câncer de pulmão incluem:
Assista ao vídeo:
Como funciona a cirurgia para o câncer de pulmão?
A busca pela cura completa é sempre o objetivo principal, mas é importante reconhecer que cada caso é único, e nem todos os pacientes atingirão a cura absoluta. No entanto,
avanços recentes na medicina, com o advento de novas terapias-alvo e imunoterapia, têm proporcionado melhores resultados e prolongado a vida de muitos pacientes, com ênfase na melhoria da qualidade de vida e no controle da doença.
Além disso, com a evolução dos exames de imagem e a busca ativa do câncer de pulmão através de
exames de rastreamento, cada vez mais pacientes têm conseguido um diagnóstico em estágios precoces, aumentando infinitamente as chances de cura.
Quais são as chances de cura do câncer de pulmão?
As chances de cura do câncer de pulmão dependem principalmente do estágio em que a doença é diagnosticada e do tipo de câncer. Estágios iniciais podem ter taxas de cura significativas, frequentemente acima de 90%, enquanto estágios avançados têm prognósticos menos favoráveis.
Quando o câncer de pulmão é perigoso?
O câncer de pulmão é particularmente perigoso quando diagnosticado em estágios avançados, pois pode ter se espalhado para outras partes do corpo, complicando o tratamento. A agressividade também varia com o tipo histológico, sendo alguns tipos mais rápidos em progressão e mais resistentes ao tratamento.
Quanto tempo se vive com câncer de pulmão?
A expectativa de vida com câncer de pulmão varia significativamente com base no estágio do diagnóstico, tipo de câncer, saúde geral do paciente, e resposta ao tratamento. Em geral, a taxa de sobrevivência de cinco anos varia de 10% a 90%, dependendo desses fatores.
Quando não é possível operar um câncer de pulmão?
A operação de câncer de pulmão pode ser inviável quando o câncer está em estágio avançado e se espalhou para áreas vitais fora do pulmão, ou quando o paciente tem condições de saúde que não suportam uma cirurgia segura, como problemas cardíacos graves ou pulmonares insuficientes.
Quais são os sinais de alerta do câncer de pulmão?
Os sinais de alerta do câncer de pulmão incluem tosse persistente, mudanças na tosse, tosse com sangue, falta de ar, dor no peito, perda de peso inexplicável e fadiga. Qualquer um desses sintomas requer avaliação médica imediata.
Como o estilo de vida pode influenciar o sucesso do tratamento do câncer de pulmão?
Um estilo de vida saudável pode impactar positivamente o tratamento do câncer de pulmão. Parar de fumar, manter uma dieta nutritiva, praticar exercícios regulares e gerenciar o estresse podem melhorar a eficácia do tratamento, aumentar a tolerância a terapias e melhorar a recuperação geral.
Quais são as opções de tratamento disponíveis se o câncer de pulmão recorrer?
Se o câncer de pulmão recorrer, às opções de tratamento podem incluir quimioterapia adicional, radioterapia, cirurgia para remover qualquer tumor recorrente, terapias direcionadas com base na genética do tumor, e imunoterapia. A escolha depende do estágio e localização da recorrência, assim como da saúde geral do paciente.
Como gerenciar os efeitos colaterais do tratamento do câncer de pulmão?
Os efeitos colaterais do tratamento do câncer de pulmão podem ser gerenciados com a ajuda de medicamentos para controlar a dor e náusea, terapias de suporte como nutrição e fisioterapia, e acompanhamento psicológico. Discutir abertamente todos os efeitos colaterais com a equipe de cuidados pode ajudar a ajustar o tratamento para minimizar desconfortos.
Em meio à complexidade do câncer de pulmão, é essencial manter a esperança e buscar conhecimento. Compreender os estágios da doença e as opções de tratamento oferece uma base sólida para
enfrentar os desafios que surgem após o diagnóstico. Apesar das incertezas, os avanços médicos trazem promessas de melhores resultados e uma qualidade de vida mais elevada para os pacientes. Compartilhe este artigo com outros que possam se beneficiar com ele. Juntos, podemos transformar a jornada do câncer de pulmão em uma luta coletiva por esperança, cura e bem-estar.
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Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sendo a primeira mulher contratada como assistente do grupo de Cirurgia Torácica da FMUSP. Atuando em hospitais em São Paulo, a Dra. Leticia tem o objetivo de oferecer aos pacientes as
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