O câncer de pulmão estágio 3 é uma condição avançada, caracterizada pela por tumores grandes e/ou com disseminação do tumor para linfonodos próximos. Este estágio representa um desafio no tratamento, mas avanços médicos têm ampliado as opções terapêuticas e melhorado as perspectivas de qualidade de vida.
Neste artigo, abordaremos os principais tratamentos disponíveis, suas indicações e o que esperar em termos de prognóstico e perspectivas futuras.
O
câncer de pulmão estágio 3 é uma condição que chamamos de doença localmente avançada. Isso acontece quando o tumor já se apresenta com tamanho maior que 5-7 cm ou invade estruturas e órgãos adjacentes ou se espalhou para os linfonodos próximos ao pulmão, mas ainda não apresenta metástases fora do tórax. Ele é classificado em três subgrupos:
Explicando de uma forma bem simples, no estágio 3A o tumor compromete linfonodos próximos ao pulmão afetado, permanecendo em um lado do tórax. No
estágio 3B há envolvimento de linfonodos do lado oposto do tórax. Já no estágio 3C,
além dos linfonodos do lado oposto do tórax,
o câncer apresenta invasão significativa, podendo atingir tecidos ou órgãos vizinhos, como parede torácica ou diafragma.
Os sinais do câncer de pulmão estágio 3 variam, mas alguns são recorrentes:
Esses sintomas
são um alerta para buscar avaliação médica. No entanto também existem casos assintomáticos, que são descobertos por acaso em exames de rotina.
O diagnóstico é realizado por meio de exames como tomografia computadorizada, PET-scan, biópsias e análises genéticas, que ajudam a determinar o tipo e a extensão da doença.
O tratamento do câncer de pulmão estágio 3 varia conforme as características do tumor, o estado geral do paciente e a extensão da doença.
Geralmente, combina-se mais de uma abordagem terapêutica para maximizar as chances de sucesso. Confira as principais opções:
A cirurgia é indicada principalmente em casos de estágio 3A, quando o tumor ainda é considerado operável. Durante o procedimento, além do tumor,
linfonodos comprometidos são removidos para minimizar a progressão da doença. Os tipos de cirurgia incluem:
Lobectomia:
Retirada de um lobo do pulmão, sendo o procedimento mais comum em casos ressecáveis.
Pneumonectomia: Remoção de todo o pulmão afetado, indicada em tumores mais extensos.
Segmentectomia: Extração de uma porção menor do pulmão, geralmente utilizada para pacientes com maior risco cirúrgico.
A cirurgia frequentemente é combinada com tratamentos complementares, como quimioterapia ou radioterapia, para
diminuir o risco de recorrência.
A quimioterapia é uma abordagem padrão para tratar o câncer de pulmão estágio 3. Dependendo do caso, pode ser utilizada antes da cirurgia (neoadjuvante) para reduzir o tumor, ou após o procedimento (adjuvante) para eliminar possíveis células remanescentes. Medicamentos como cisplatina e carboplatina são amplamente empregados para atacar as células tumorais e retardar o avanço da doença.
Quando a cirurgia não é uma opção viável, a radioterapia desempenha um papel crucial no
controle do tumor e no alívio de sintomas, como dor ou dificuldade para respirar. Também é comum a combinação com quimioterapia, formando o regime de quimiorradioterapia, que tem mostrado resultados significativos no manejo da doença.
A imunoterapia tem se destacado como um tratamento inovador para o câncer de pulmão. Essa abordagem
estimula o sistema imunológico a reconhecer e combater as células cancerígenas. Medicamentos como pembrolizumabe e nivolumabe, combinados com a quimioterapia, têm demonstrado grande eficácia em prolongar a sobrevida.
Para pacientes com alterações genéticas específicas, como
mutações nos genes EGFR, ALK ou ROS1, a terapia alvo é uma opção eficaz e menos agressiva. Essa abordagem utiliza medicamentos que
atacam diretamente as células que apresentam as mutações
responsáveis pelo crescimento do tumor, proporcionando alta eficácia e menos efeitos colaterais em comparação aos tratamentos convencionais.
Cada plano de tratamento é desenvolvido de forma individualizada, considerando o estágio da doença, as características do tumor e as condições gerais de saúde do paciente. Sendo a consulta com uma equipe multidisciplinar indispensável para definir a melhor estratégia.
O câncer de pulmão estágio 3 representa um desafio significativo, mas os avanços no diagnóstico precoce e nos tratamentos têm melhorado as perspectivas dos pacientes. Atualmente, as taxas de sobrevida em cinco anos variam de 15% a 35%, dependendo de diversos fatores, incluindo o subtipo do câncer e a resposta às terapias escolhidas. Embora esses números ainda reflitam a gravidade da doença, novas opções terapêuticas, como a imunoterapia e a terapia alvo, têm demonstrado resultados promissores.
O prognóstico de pacientes com câncer de pulmão estágio 3 é influenciado por uma série de elementos:
O que significa câncer de pulmão estágio 3?
O estágio 3 do câncer de pulmão indica que o tumor se espalhou para linfonodos próximos ou estruturas vizinhas, mas ainda não atingiu órgãos distantes. Ele é subdividido em 3A, 3B e 3C, dependendo da extensão da disseminação.
Câncer de pulmão estágio 3 tem cura?
Embora seja desafiador, a cura é possível, especialmente no estágio 3A, com tratamentos combinados. A resposta depende da extensão do tumor, das condições do paciente e da eficácia do tratamento.
Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão estágio 3?
Os sintomas incluem tosse persistente, dor no peito, falta de ar, cansaço extremo, perda de peso sem explicação e, em alguns casos, rouquidão ou inchaço no rosto devido à compressão de vasos. No entanto, também pode ser assintomático.
Quais são os tratamentos mais indicados para câncer de pulmão estágio 3?
As opções incluem cirurgia (em casos específicos), quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapias-alvo, dependendo do tipo e da extensão do tumor.
Qual é a expectativa de vida para pacientes com câncer de pulmão estágio 3?
A taxa de sobrevida em cinco anos varia entre 15% e 35%, dependendo do subtipo (3A, 3B ou 3C), das condições do paciente e do tratamento escolhido.
Câncer de pulmão estágio 3 pode evoluir para estágio 4?
Sim, se o tumor continuar a se espalhar para órgãos distantes, como fígado ou cérebro. Monitoramento regular é essencial para identificar qualquer progressão.
Quais fatores influenciam o sucesso do tratamento do câncer de pulmão estágio 3?
Os principais fatores incluem a extensão do tumor, o subtipo de câncer, a presença de mutações genéticas tratáveis, o estado geral de saúde do paciente e a escolha das terapias combinadas.
Quais são os critérios usados para diferenciar o estágio 3A, 3B e 3C no câncer de pulmão?
Os critérios incluem o tamanho do tumor, o número e a localização dos linfonodos afetados e a invasão de estruturas adjacentes. Por exemplo, no estágio 3A, o câncer atinge linfonodos próximos ao pulmão afetado, enquanto no estágio 3C pode invadir estruturas importantes, como veia cava, aorta, traqueia.
Por que nem todos os pacientes com estágio 3 são candidatos à cirurgia?
A cirurgia é indicada apenas quando o tumor é ressecável e o paciente tem condições clínicas para suportar o procedimento. Tumores que invadem estruturas críticas ou afetam ambos os lados do tórax geralmente não são operáveis.
É possível tratar o câncer de pulmão estágio 3 sem quimioterapia?
Sim, em alguns casos. Terapias-alvo ou imunoterapia podem ser alternativas à quimioterapia, especialmente para pacientes com mutações específicas ou que não toleram os efeitos colaterais da quimioterapia.
Quais fatores determinam se o tratamento será curativo ou paliativo?
Os fatores incluem a extensão do tumor, a resposta aos tratamentos iniciais e o estado geral do paciente. Quando o tumor é controlável e o paciente está em boas condições, o tratamento pode ser curativo; caso contrário, o foco será no controle dos sintomas.
É possível que o câncer de pulmão estágio 3 evolua para o estágio 4 mesmo com tratamento?
Sim, especialmente se o tumor desenvolver resistência aos tratamentos ou se novas metástases surgirem. O monitoramento regular é fundamental para detectar qualquer progressão.
O câncer de pulmão estágio 3 é um diagnóstico complexo, mas que pode ser tratado com uma abordagem multidisciplinar e personalizada. Desde opções cirúrgicas até terapias avançadas, as possibilidades de tratamento têm evoluído, trazendo novas perspectivas para os pacientes.
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Se você está em busca de um especialista em câncer de pulmão, conheça a
Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sendo a primeira mulher contratada como assistente do grupo de Cirurgia Torácica da FMUSP. Atuando em hospitais em São Paulo, a Dra. Leticia tem o objetivo de oferecer aos pacientes as
opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busca contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa. Para mais informações navegue no
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