Doenças da Parede Torácica

Cirurgiã Torácica em São Paulo


A parede torácica é a estrutura óssea e muscular que cerca a cavidade torácica, onde se encontram os pulmões, coração e outras estruturas importantes. Ela é formada pelos ossos da caixa torácica (costelas, esterno e vértebras torácicas) e pelos músculos que se estendem entre eles.


Diversas doenças podem afetar a parede torácica, incluindo traumas com fraturas de costelas, alterações e deformidades congênitas como o pectus carinatum e excavatum, além de tumores benignos e malignos.

Tumores da Parede torácica


A parede torácica pode apresentar diversos tipos de tumores, tanto benignos como malignos. Esses tumores podem se originar nos ossos das costelas ou do esterno, nas cartilagens, nos músculos, no tecido adiposo e em nervos. Alguns exemplos de tumores benignos são os condromas, lipomas, fibromas, elastofibromas e neurofibromas. Já os condrossarcomas, osteossarcomas, sarcoma de Ewing são exemplos de tumores malignos.


Também existem tumores da parede torácica que se originaram em outros locais e portanto são metástases. 


Sinais e Sintomas

Os sintomas dos tumores da parede torácica podem variar dependendo do tipo e da localização. Muitos casos também são assintomáticos.

Alguns sintomas podem incluir dor no tórax, abaulamento ou inchaço no local, dificuldade para respirar, tosse, perda de peso.


Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo exame físico e exames de imagens como tomografia ou ressonância de tórax. Muitas vezes é necessária uma biópsia para confirmação do tipo de tumor.


Opções de tratamento

O tratamento irá depender do tipo de tumor. Alguns tumores benignos não requerem tratamento, principalmente se forem pequenos e assintomáticos.

Os tumores malignos podem ser tratados com cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses.

Quando os tumores são muito grandes, muitas vezes é necessário reconstruir a parede torácica com uso de telas, próteses ou retalhos musculares.

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Alterações Congênitas da parede torácica


As alterações congênitas da parede torácica são anomalias que ocorrem durante o desenvolvimento fetal e resultam em uma formação incomum da estrutura óssea e/ou muscular da parede torácica. As alterações mais comuns são o pectus excavatum (“peito escavado” ou “peito de sapateiro”) e o pectus carinatum (“peito de pombo”). 


Outras deformidades mais raras são Síndrome de Poland (condição em que o músculo peitoral maior está ausente ou subdesenvolvido, resultando em uma assimetria da parede torácica e uma deformidade da mama) e a Síndrome de Jeune (também chamada de distrofia torácica asfixiante, é caracterizada por uma desordem genética, que provoca uma malformação das costelas e um tórax muito estreito, responsáveis por crises de dispneia e de insuficiência respiratória).

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Pectus Excavatum


Essa condição é caracterizada por uma depressão anormal do osso do meio do tórax, chamado de esterno, decorrente do crescimento anormal das cartilagens costais, fazendo com que o tórax fique com uma aparência côncava. O "peito escavado" pode ser uma condição congênita, ou seja, presente desde o nascimento, ou pode se desenvolver ao longo do tempo, durante a adolescência, por exemplo. Cerca de metade dos metade dos indivíduos afetados possuem antecedentes familiares com a mesma condição. Essa deformidade é mais comum no sexo masculino.

Algumas síndromes genéticas podem se apresentar com pectus excavatum: Síndrome de Ehlers-Danlos, síndrome de Marfan, Síndrome de Noonan, Osteogênese imperfeita, Síndrome de Turner. 


Sinais e Sintomas

Além da aparência física, que é o que costuma levar o paciente a procurar ajuda médica, em alguns casos o "peito escavado" pode causar problemas respiratórios e cardíacos, dependendo do grau de deformidade.


Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo exame físico. A tomografia de tórax pode ser solicitada para melhor avaliação da anatomia da deformidade e programação da cirurgia de correção.


Opções de tratamento

A indicação de tratamento geralmente tem um motivo estético e, portanto, depende da vontade do paciente. A correção pode ser tentada por técnicas não cirúrgicas como o tratamento com colete ou órtese (Pectus Press) ou sucção/vácuo (Vacuum Bell) para tracionar a parede torácica anteriormente. Outra opção de tratamento é através de cirurgia, a qual geralmente é feita pela técnica de Nuss, onde uma ou mais barras metálicas são colocadas abaixo do osso esterno para elevar a região do afundamento e recolocar as estruturas ósseas e cartilaginosas na posição correta. 


Importante salientar que a correção é mais fácil e efetiva em pacientes jovens devido à maior mobilidade e flexibilidade da parede torácica.

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Pectus Carinatum


Pectus carinatum é uma condição em que o osso do meio do tórax, chamado de esterno, se projeta para fora do peito, deixando a aparência parecida com a de um "peito de pombo". Pode ser uma condição congênita, o que significa que a pessoa nasce com ela, ou pode aparecer mais tardiamente no início da adolescência.


Sinais e Sintomas

Na grande maioria dos casos, essa condição não dá sintomas, nem causa outros problemas de saúde. O maior incômodo ao paciente é da ordem estética, o que costuma aparecer na fase da adolescência ou pré-adolescência, quando o paciente começa a ter uma maior consciência corporal. Questões de baixa autoestima, dificuldade de aceitação do corpo, vergonha de tirar a camisa em público e até depressão são comuns, de modo que este sofrimento não deve ser minimizado.


Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo exame físico. A tomografia de tórax pode ser solicitada para melhor avaliação da anatomia da deformidade e programação da cirurgia de correção.


Opções de tratamento

A indicação de tratamento para o pectus carinatum geralmente é estética e, portanto, deve partir da vontade do paciente. Alguns casos podem ser tratados de forma não cirúrgica com dispositivos de compressão dinâmica do tórax, ou seja, com uso de órteses que fazem uma compressão contínua e graduada para forçar o reposicionamento das cartilagens costais e do osso esternal. Quanto mais jovem o paciente, melhores os resultados desse tratamento, pois a parede torácica é mais flexível, o que facilita a compressão.


Em outras situações o tratamento cirúrgico é indicado. Este consiste na remoção das cartilagens costais e reposicionamento do osso esterno, o qual pode ser fixado com uso de telas ou placas e parafusos.

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Sobre a médica

Dra. Leticia Lauricella


Bem-vindos ao meu site! Sou a Dra. Leticia Lauricella, médica especialista em Cirurgia torácica.  Formei-me em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde fiz minha residência em Cirurgia Geral.  Também fiz residência em Cirurgia Torácica, desta vez na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Possuo doutorado pelo INCOR/FMUSP.


Atuo no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e sou Professora Colaboradora da Disciplina de Cirurgia Torácica da FMUSP. Além disso, coordeno o Registro Brasileiro de Câncer de Pulmão e sou membro titular da SBCT e cirurgia robótica certificada pela Intuitive. 


Meu objetivo é sempre oferecer aos meus pacientes as opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busco contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa.


Neste site, você poderá encontrar mais informações sobre minha trajetória profissional, minhas áreas de atuação e os serviços que ofereço. Sinta-se à vontade para entrar em contato comigo para marcar uma consulta ou para esclarecer qualquer dúvida. Obrigada pela visita!

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Dúvidas Frequentes


  • Quais são as causas do pectus excavatum?

    O pectus excavatum ocorre por um crescimento anormal das cartilagens que ficam entre as costelas e o osso esterno. Isso acaba empurrando o esterno para dentro do tórax, causando um afundamento na parede anterior do tórax. O motivo desse crescimento anormal é desconhecido.

  • Pectus carinatum ou excavatum é hereditário?

    Sabemos que existe uma maior incidência em membros da mesma família, o que pode inferir que exista algum componente genético envolvido da origem dessa patologia. No entanto, isso não significa que seja uma doença hereditária.

  • Meu filho pequeno tem “pectus”, o que posso fazer para ajudá-lo?

    Em primeiro lugar é importante você saber que na maioria das vezes essa alteração ou deformidade na parede torácica não trará prejuízos funcionais à saúde do seu filho. De tal forma que é importante incentivar a prática de esportes e hábitos de vida saudáveis. Além disso, converse bastante com ele para ajudá-lo a trabalhar a autoestima e aceitar seu corpo. Existem técnicas não cirúrgicas que podem ajudar na correção da deformidade, por isso é importante procurar um especialista desde cedo. Esse médico irá acompanhar o crescimento da criança e ajudará na decisão de operar ou não, o que geralmente é feito entre 12 a 18 anos.

  • Sou adulto e tenho pectus excavatum. Posso operar?

    Sim, a cirurgia é possível em qualquer idade. No entanto, quanto mais jovem o paciente, melhores são os resultados e mais fácil a correção, pois a parede torácica vai se tornando mais “rígida” com o envelhecimento.

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