Pacientes que estão em tratamento com quimioterapia ou imunoterapia precisam de acesso venoso frequente para receber a medicação. Isso pode se tornar um grande transtorno e motivo de estresse, pois muitas vezes pode haver dificuldade para encontrar uma veia para punção. Além disso, algumas medicações podem irritar os vasos sanguíneos, levando a inflamações (flebites) e perda dos vasos ao longo do tempo.
Por isso, alguns cateteres foram desenvolvidos justamente para pacientes que necessitam de um acesso venoso por tempo prolongado.
Existem dois tipos de cateteres mais utilizados para esses casos: a PICC e o port-a-cath.
PICC é o nome em inglês para “cateter venoso central de inserção periférica”. Trata-se de um cateter bem longo, que é inserido no braço e introduzido na veia até chegar próximo ao coração.
O procedimento em geral é feito por um enfermeiro, com auxílio de ultrassom para localização da veia. A vantagem desse tipo de acesso é que pode ser realizado com anestesia local, sem necessidade de internação, de forma rápida.
A retirada do cateter também é muito simples, podendo ser feita no consultório ou no centro de infusão.
O cateter pode permanecer por bastante tempo (até 6 meses), porém exige cuidados constantes, com trocas de curativos semanais realizadas por um enfermeiro. Além disso, o paciente com um cateter PICC não deve tomar banho de mar ou piscina, e deve tomar bastante cuidado para evitar tração ou traumas no braço.
A principal vantagem da PICC é o fato de poder ser realizada de forma rápida, com anestesia local, como menos burocracia por não ser um procedimento realizado em centro cirúrgico. Porém, uma desvantagem é o fato de uma parte do cateter ficar exteriorizada no braço, o que pode causar algum desconforto e maior risco de tração e infecção. Uma boa indicação é para pacientes que farão tratamentos mais curtos, por algumas semanas ou poucos meses.
Algumas complicações podem ocorrer em decorrência do uso de um cateter de PICC, como flebite (inflamação do vaso sanguíneo), infecções locais ou sistêmicas (quando atinge a corrente sanguínea), obstrução do cateter.
Portocath ou Port-a-cath é um cateter venoso central, totalmente implantável e de longa permanência. Ao contrário da PICC, ele fica totalmente escondido sob a pele.
O dispositivo consiste em um cateter de silicone longo e flexível que é inserido em uma veia central, geralmente a veia jugular ou subclávia, e um reservatório de silicone ou titânio que é colocado sob a pele e conectado ao cateter.
Este cateter pode permanecer com o paciente durante todo o seu tratamento, o que pode durar meses ou anos.
O implante do port-a-cath é feito em centro cirúrgico, sob sedação ou anestesia geral. O procedimento é feito com auxílio de ultrassom, para localização e punção de veia com segurança, e radioscopia, que é um Raio-X dinâmico usado para posicionar a ponta do cateter próximo ao coração. O reservatório é colocado sob a pele na região superior do tórax, logo abaixo da clavícula. O procedimento leva cerca de 40 minutos e o paciente pode receber alta algumas horas após.
Após instalado o cateter, o mesmo já pode ser utilizado para quimioterapia.
Para acessar o reservatório que está sob a pele, o enfermeiro irá palpar o local e utilizar uma agulha própria para puncioná-lo, após a antissepsia adequada da pele.
A retirada do port-a-cath também é um procedimento realizado no centro cirúrgico. Pode ser feita com anestesia local e leva cerca de 15 minutos.
Nos primeiros dias após o procedimento, o paciente deverá trocar o curativo, como após qualquer cirurgia. Diferentemente da PICC, o port-a-cath não requer troca semanal de curativos, e o paciente pode tomar banho de mar ou piscina, desde que isso não seja contraindicado pelo tratamento oncológico.
Orientamos que o cateter seja utilizado prioritariamente para o tratamento oncológico, porém em algumas situações também pode ser usado para outras infusões como antibióticos, transfusão de sangue e contraste endovenoso.
O importante é que a punção do reservatório seja sempre realizada por um enfermeiro experiente e treinado, tomando todos os cuidados de assepsia para evitar infecções. Para minimizar a dor durante a punção do reservatório, o paciente pode aplicar uma pomada anestésica sobre a pele, cerca de 30 minutos antes do procedimento.
Importante salientar que o cateter deve ser higienizado pelo menos uma vez ao mês. Enquanto o paciente estiver em tratamento, isso será realizado após cada infusão da quimioterapia. Porém quando o paciente está em intervalo de tratamento, ou já terminou o tratamento, será necessário comparecer ao centro de infusão mensalmente para esse fim.
A grande vantagem do port-a-cath é sua longa durabilidade e o fato de ficar totalmente escondido sob a pele, de forma que o paciente pode levar uma vida normal, sem restrições de atividades físicas, banho de mar ou piscina. A desvantagem em relação ao cateter de PICC é que, por ser um procedimento cirúrgico, requer uma internação de algumas horas e uma sedação ou anestesia geral. Além disso, a retirada do cateter também é feita em centro cirúrgico. Também pode ser necessário aguardar autorização do convênio para internação.
Complicações durante o procedimento são raras, principalmente quando se utiliza ultrassom para guiar o acesso à veia, o que diminui bastante o risco de pneumotórax, punção acidental de artérias e hematomas. Outros riscos descritos são infecções locais ou sistêmicas (quando atinge a corrente sanguínea), obstrução do cateter, trombose venosa, deslocamento ou migração do cateter.
Bem-vindos ao meu site! Sou a Dra. Leticia Lauricella, médica especialista em Cirurgia torácica. Formei-me em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde fiz minha residência em Cirurgia Geral. Também fiz residência em Cirurgia Torácica, desta vez na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Possuo doutorado pelo INCOR/FMUSP.
Atuo no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e sou Professora Colaboradora da Disciplina de Cirurgia Torácica da FMUSP. Além disso, coordeno o Registro Brasileiro de Câncer de Pulmão e sou membro titular da SBCT e cirurgia robótica certificada pela Intuitive.
Meu objetivo é sempre oferecer aos meus pacientes as opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busco contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa.
Neste site, você poderá encontrar mais informações sobre minha trajetória profissional, minhas áreas de atuação e os serviços que ofereço. Sinta-se à vontade para entrar em contato comigo para marcar uma consulta ou para esclarecer qualquer dúvida. Obrigada pela visita!
Os cateteres mais modernos são feitos de titânio ou silicone. Mesmo no caso dos modelos de titânio, a quantidade de metal é muito pequena, de forma que dificilmente serão detectados em bancos e aeroportos. No entanto, há chance pequena de serem detectados em aparelhos de raio-X muito sensíveis, geralmente usados em aeroportos internacionais. Caso isso aconteça, é importante estar com a documentação (carteirinha) do cateter, e mostrar a incisão cirúrgica. Isso não o impedirá de seguir sua viagem!
Sim, a presença de um port-a-cath, mesmo sendo de titânio, não interfere e não traz riscos ao paciente durante os exames de imagem, inclusive a ressonância magnética.
Sim, como é um cateter totalmente implantável, ou seja, que fica escondido sob a pele, não há problemas de contaminação com banho de mar ou piscina.
O cateter port-a-cath tem longa duração, podendo permanecer por anos. Geralmente o paciente coloca no início do tratamento e permanece até o final. Não há necessidade de trocá-lo ao longo do tratamento.
Isso dependerá do modelo do cateter. Os modelos mais modernos permitem a infusão de fluidos com maior pressão e podem ser usados com a bomba de contraste utilizada em exames de imagem. É importante esclarecer esse detalhe com seu médico.
O material utilizado nos cateter implantáveis é extremamente biocompatível, de forma que esse tipo de reação é muito rara.
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