O câncer de pulmão é frequentemente associado ao tabagismo, mas uma parcela significativa dos casos ocorre em pessoas que nunca fumaram. Esse tipo de câncer levanta questões importantes sobre suas causas, diagnóstico e tratamento, já que os fatores de risco e os mecanismos envolvidos podem ser diferentes.
Neste artigo, exploraremos o que se sabe sobre o câncer de pulmão em não fumantes, suas possíveis origens e particularidades.
Continue a leitura e aprenda sobre esse assunto.
Embora os não fumantes não tenham exposição direta ao tabaco,
outros elementos podem aumentar o risco de desenvolver câncer de pulmão. Veja as causas mais relevantes:
A fumaça do cigarro afeta não fumantes de forma significativa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que
1,2 milhão de mortes por ano estejam relacionadas à
exposição passiva ao tabaco, incluindo casos de
câncer de pulmão. Essa exposição contínua pode causar danos celulares graves nos pulmões.
O radônio é um gás radioativo natural, resultante da decomposição do urânio no solo e nas rochas.
Invisível e inodoro, pode se acumular em ambientes fechados, como casas, atingindo concentrações perigosas. Segundo estudos, a exposição prolongada ao radônio é a segunda causa mais comum de câncer de pulmão, especialmente em áreas com pouca ventilação.
A poluição atmosférica contém
partículas finas e substâncias químicas que danificam os pulmões ao longo do tempo. Moradores de áreas urbanas densamente poluídas estão mais suscetíveis. A Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica a poluição do ar como carcinogênica, destacando seu impacto como um dos principais fatores ambientais associados ao câncer de pulmão.
Mutações específicas, como aquelas nos genes EGFR, ALK e ROS1, são frequentemente encontradas em casos de câncer de pulmão em não fumantes. Essas alterações genéticas desregulam o crescimento celular e estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento de tumores pulmonares, mesmo sem exposição a fatores externos evidentes.
Ambientes ocupacionais com materiais como
amianto, sílica, arsênico e outros agentes tóxicos
aumentam o risco de câncer de pulmão. Profissões ligadas à
construção civil, mineração e indústrias químicas são as mais expostas. Mesmo sem histórico de
tabagismo, esses trabalhadores apresentam maior vulnerabilidade devido à inalação contínua dessas substâncias.
Compreender esses fatores é essencial para estratégias de prevenção e diagnóstico precoce, especialmente em populações sem histórico de tabagismo.
Os sintomas do câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram são similares aos observados em fumantes, mas
podem ser confundidos com doenças respiratórias comuns. Entre os principais sinais estão:
Por serem inespecíficos,
esses sinais podem atrasar o diagnóstico, reforçando a importância de
buscar avaliação médica
quando os sintomas persistirem.
O diagnóstico precoce do câncer de pulmão em não fumantes é fundamental para melhorar os resultados do tratamento. Para isso, diversos exames são utilizados para identificar e confirmar a doença, incluindo:
Esse exame é a principal ferramenta para detectar anormalidades nos pulmões. Ele fornece imagens detalhadas que ajudam a localizar e avaliar
nódulos suspeitos.
O PET-Scan é utilizado para identificar a disseminação do câncer para outras áreas do corpo. Ele cria imagens metabólicas que destacam células com atividade anormal, como as cancerígenas.
Coleta de uma amostra de tecido pulmonar por meio de broncoscopia, agulha guiada por imagem ou cirurgia minimamente invasiva. A análise laboratorial da biópsia
confirma o diagnóstico e classifica o tipo de tumor.
Esses exames
identificam alterações genéticas específicas, como mutações nos genes EGFR ou ALK, que orientam o médico a escolher tratamentos mais direcionados, como as terapias-alvo. Esses testes são fundamentais em paciente não-tabagistas com câncer de pulmão, pois existe uma chance maior de encontrar essas mutações nesse grupo de pacientes.
Combinando essas técnicas, é possível obter um diagnóstico preciso, essencial para personalizar o tratamento e melhorar as chances de sucesso.
Embora o câncer de pulmão seja frequentemente associado ao tabagismo, cerca de
15 a 25% dos casos em todo o mundo ocorrem em pessoas que nunca fumaram. Outro dado importante é que esses pacientes tendem a ser mais
jovens
e há uma maior
proporção de mulheres. As estatísticas mostram que até metade das mulheres com câncer de pulmão nunca fumaram.
No Brasil, estima-se que aproximadamente
10% dos diagnósticos estejam relacionados a fatores não associados ao uso de tabaco, como exposição ao radônio, poluição do ar ou mutações genéticas. Essas alterações genéticas, como a mutação no gene EGFR, são encontradas
em até 40% dos não fumantes diagnosticados com a doença.
Além disso,
a taxa de sobrevida em cinco anos tende a ser mais alta nesse grupo, devido à predominância do adenocarcinoma, um subtipo que responde bem a
terapias-alvo e outros tratamentos personalizados. No entanto, o
diagnóstico nesse grupo de pacientes costuma ser mais tardio, uma vez que essas pessoas, por não serem consideradas grupos de risco, não costumam fazer exames de rastreamento e a hipótese de câncer de pulmão, mesmo quando já existem sintomas, acaba não sendo levantada. Por esse motivo, entre 60 e 65% dos pacientes são diagnosticados com doença avançada, nos estágios III a IV.
Esses dados destacam a importância de um diagnóstico precoce e de abordagens terapêuticas específicas para não fumantes.
Pessoas que nunca fumaram podem desenvolver câncer de pulmão?
Sim, cerca de 15 a 25 % dos casos de câncer de pulmão no mundo ocorrem em não fumantes, devido a fatores como exposição ao tabagismo passivo, poluição do ar, mutações genéticas e radônio.
Quais são os sintomas do câncer de pulmão em não fumantes?
Os sintomas incluem tosse persistente, falta de ar, dor no peito, rouquidão, perda de peso inexplicada e, em casos mais graves, hemoptise (sangramento nas vias respiratórias).
Quais fatores causam câncer de pulmão em não fumantes?
As principais causas são exposição ao tabagismo passivo, poluição atmosférica, radônio, fatores genéticos (como mutações no gene EGFR) e exposição ocupacional a substâncias tóxicas, como amianto e sílica.
Existe diferença entre o câncer de pulmão em fumantes e não fumantes?
Sim, em não fumantes, o adenocarcinoma é o tipo mais comum, frequentemente associado a mutações genéticas específicas. Esse subtipo geralmente responde melhor a terapias-alvo.
Não fumantes devem fazer rastreamento para câncer de pulmão?
O rastreamento é indicado principalmente para fumantes ou ex-fumantes, mas pode ser considerado para não fumantes com fatores de risco elevados, como histórico familiar ou exposição ao radônio.
Quais são os tipos de câncer de pulmão mais comuns em não fumantes?
O adenocarcinoma é o tipo mais prevalente, associado a fatores genéticos e ambientais. Ele tende a crescer mais lentamente e a responder bem a tratamentos direcionados.
Exposição ao tabagismo passivo na infância pode causar câncer de pulmão na idade adulta?
Sim, a exposição precoce ao tabagismo passivo pode causar alterações nas células pulmonares, aumentando o risco de câncer de pulmão anos depois.
O câncer de pulmão em não fumantes é uma realidade que exige atenção, tanto para diagnóstico precoce quanto para a escolha do tratamento mais adequado. Apesar de ser menos comum do que em fumantes, a doença apresenta particularidades que destacam a
importância de exames regulares e prevenção ativa.
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Se você está em busca de um especialista em câncer de pulmão, conheça a
Dra. Leticia Lauricella, formada em Medicina na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sendo a primeira mulher contratada como assistente do grupo de Cirurgia Torácica da FMUSP. Atuando em hospitais em São Paulo, a Dra. Leticia tem o objetivo de oferecer aos pacientes as
opções mais avançadas e eficazes de tratamento, ao mesmo tempo em que busca contribuir para o avanço da ciência médica por meio da pesquisa. Para mais informações navegue no
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