O tumor fibroso da pleura é uma condição rara que afeta a membrana que reveste os pulmões e a parede interna do tórax, chamada pleura. Embora frequentemente benigno, esse tipo de tumor pode, em alguns casos, se apresentar de forma maligna, exigindo atenção médica.
Compreender suas causas, sintomas, formas de diagnóstico e tratamentos disponíveis é essencial para o manejo adequado e para garantir melhores prognósticos.
Continue lendo
para entender mais sobre o tumor fibroso da pleura.
O tumor fibroso da pleura é uma
lesão incomum que se forma na membrana que reveste os pulmões e a cavidade torácica. Sua taxa de incidência do é de cerca de 2,8 por 100.000 pessoas, o que representa menos de 5% de todos os tumores pleurais. Ele resulta de um crescimento anormal de células fibroblásticas, podendo ser classificado em dois tipos:
Benignos: A forma mais comum, caracteriza-se por crescimento lento e raramente causa sintomas graves. Devido ao comportamento indolente, podem atingir grandes tamanhos, sem que o paciente apresente sintomas.
Malignos: Cerca de 10 a 20% dos tumores fibrosos de pleura apresentam um potencial de crescimento acelerado e comportamento agressivo, exigindo maior atenção médica.
Geralmente, esses tumores são
descobertos acidentalmente durante exames de imagem solicitados por outros motivos, já que, em muitos casos, eles não causam sintomas evidentes.
O tumor fibroso de pleura pode surgir em pacientes de qualquer idade, com pico de taxa de incidência naqueles com idade entre 50 e 70 anos.
A etiologia do tumor fibroso de pleural ainda não está clara. Nenhuma associação com exposição ao fumo, radiação, amianto ou outras substâncias tóxicas foi encontrada. Nenhuma predisposição hereditária definida foi identificada, embora alguns estudos acreditem que um histórico familiar de câncer possa ser um fator de risco para sua variante malígna. Desta forma é um tumor que ocorre de maneira esporádica, sem fatores predisponentes claros, possivelmente devido a mutações aleatórias nas células mesenquimais da pleura.
Os sinais do tumor fibroso da pleura variam de acordo com o tamanho e a localização da lesão. Muitos pacientes permanecem assintomáticos, mas em casos sintomáticos, podem ocorrer:
Qualquer
sintoma persistente ou desconforto respiratório deve ser avaliado prontamente por um médico para investigação e planejamento do tratamento adequado.
O diagnóstico do tumor fibroso da pleura combina análise clínica e exames complementares para confirmação.
A tomografia computadorizada permite visualizar seu tamanho, posição e interação com estruturas adjacentes.
Já a ressonância magnética é usada para
obter imagens mais detalhadas de tecidos moles e avaliar o impacto em áreas próximas.
A análise histopatológica do tecido é fundamental para
diferenciar tumores benignos e malignos. A amostra é obtida por procedimentos minimamente invasivos, como toracoscopia ou punção guiada por imagem.
Exames de sangue podem ser solicitados para
identificar marcadores específicos ou alterações metabólicas, como os baixos níveis de glicose causados pela síndrome de Doege-Potter, em casos de tumores maiores.
Esse conjunto de exames permite um diagnóstico preciso, essencial para a definição do tratamento mais adequado.
O tratamento do tumor fibroso da pleura é planejado com base em fatores como
tamanho, localização e características benignas ou malignas
do tumor. O objetivo principal é controlar a doença, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.
É o método de escolha para a maioria dos casos. A
remoção total do tumor, é essencial para minimizar o risco de recidiva, especialmente em tumores malignos. Em casos mais complexos, pode ser necessário remover parte da pleura ou até estruturas pulmonares.
Indicada para tumores menores e localizados, essa técnica reduz o tempo de recuperação e os riscos pós-operatórios, preservando mais tecido saudável.
Como esses tumores podem atingir tamanhos muito grandes, algumas vezes ocupando toda a caixa torácica, pode ser necessário a realização de um acesso convencional, chamado toracotomia, no qual é necessário uma incisão maior, com afastamento das costelas, para permitir a retirada do tumor.
Utilizada como
tratamento complementar em tumores malignos ressecados ou como alternativa para casos inoperáveis. A radioterapia ajuda a destruir células residuais e diminui as chances de recidiva local. Em tumores maiores, pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o volume da massa tumoral.
Embora rara no manejo de tumores fibrosos da pleura,
pode ser considerada em cenários de malignidade avançada. Nesse contexto, é usada para controlar a disseminação da doença ou tratar casos com metástases.
Pesquisas recentes também exploram a combinação de quimioterapia com imunoterapia em tumores malignos de comportamento mais agressivo.
Além das abordagens tradicionais, o paciente pode se beneficiar de suporte fisioterápico para
melhorar a função pulmonar e a recuperação pós-operatória. Em casos de hipoglicemia causada pela síndrome de Doege-Potter, medidas específicas, como controle glicêmico e reposição de glicose, podem ser necessárias antes do tratamento definitivo.
Com um diagnóstico preciso e um plano terapêutico adequado, muitos pacientes têm excelentes resultados, especialmente em casos diagnosticados precocemente.
O prognóstico do tumor fibroso da pleura está diretamente relacionado ao
tipo de tumor e à abordagem terapêutica adotada:
Tumores benignos: Apresentam um excelente desfecho na maioria dos casos, especialmente após a remoção cirúrgica completa, com baixo risco de recidiva.
Tumores malignos: O resultado depende da extensão da doença no momento do diagnóstico, da possibilidade de ressecção total e da eficácia das terapias complementares, como radioterapia.
O
acompanhamento médico regular é essencial, mesmo após o tratamento inicial, para identificar precocemente qualquer sinal de recidiva ou complicação.
Além disso, a atenção a sintomas e a realização periódica de exames de imagem são medidas indispensáveis para garantir uma boa qualidade de vida e controle a longo prazo.
Após o tratamento,
o acompanhamento periódico com o médico é indispensável
para monitorar a recuperação, realizar exames de controle e detectar possíveis recidivas de forma precoce, garantindo maior segurança ao paciente.
O tumor fibroso da pleura é considerado uma condição rara, representando
menos de 5% de todas as neoplasias pleurais. De acordo com estudos médicos, a maioria dos casos é diagnosticada incidentalmente, durante exames de imagem realizados por outros motivos. Estima-se que
80% desses tumores sejam benignos, enquanto os malignos, embora menos frequentes, apresentam maior risco de complicações e mortalidade.
A idade média dos pacientes no momento do diagnóstico varia
entre 50 e 60 anos, com leve predominância em mulheres. Em relação aos tumores malignos, a taxa de recorrência após a cirurgia é de aproximadamente
10% a 15%, destacando a importância do acompanhamento médico contínuo.
Além disso, a sobrevida em cinco anos para pacientes com tumores benignos é
superior a 90%, enquanto para os casos malignos, essa taxa depende do estágio no diagnóstico e da resposta ao tratamento. Estudos recentes mostram que técnicas avançadas, como a cirurgia toracoscópica assistida por vídeo, têm contribuído para uma recuperação mais rápida e menor risco de complicações pós-operatórias.
Esses dados reforçam a relevância do diagnóstico precoce e da adoção de terapias adequadas para melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.
O que é o tumor fibroso da pleura?
O tumor fibroso da pleura é uma condição rara caracterizada pelo crescimento anormal de tecido fibroso na pleura, a membrana que reveste os pulmões. Ele pode ser benigno ou maligno.
Quais são os sintomas do tumor fibroso da pleura?
Os sintomas incluem dor torácica, falta de ar, tosse persistente e, em casos raros, hipoglicemia devido à síndrome de Doege-Potter. Muitos casos são assintomáticos no início.
O tumor fibroso da pleura é maligno?
A maioria dos tumores fibrosos da pleura é benigna. No entanto, cerca de 20% podem ser malignos, exigindo tratamento mais agressivo.
Qual é o tratamento para o tumor fibroso da pleura?
O tratamento padrão é a ressecção cirúrgica completa do tumor. Em casos malignos, pode incluir radioterapia ou quimioterapia complementar.
O tumor fibroso da pleura pode voltar após o tratamento?
Sim, em casos malignos, há risco de recidiva, especialmente se a remoção do tumor não foi completa. Acompanhamento médico regular é essencial.
O tumor fibroso da pleura é hereditário?
Não há evidências conclusivas de que o tumor fibroso da pleura seja hereditário. No entanto, fatores genéticos podem contribuir em alguns casos.
Qual a diferença entre tumor fibroso da pleura e mesotelioma?
O tumor fibroso da pleura é distinto do mesotelioma, que está fortemente associado à exposição ao amianto. O tumor fibroso geralmente não tem ligação com fatores ocupacionais.
Qual a taxa de sobrevida para pacientes com tumor fibroso da pleura?
A taxa de sobrevida em cinco anos é superior a 90% para tumores benignos e varia para malignos, dependendo do estágio e do tratamento realizado.
O tumor fibroso da pleura pode ser confundido com outras condições pulmonares?
Sim, ele pode ser confundido com outras doenças pulmonares, como mesotelioma ou tumores metastáticos. Por isso, exames detalhados, como tomografia e biópsia, são cruciais para um diagnóstico correto.
Quais sinais no exame de imagem sugerem que o tumor pode ser maligno?
Tumores maiores, com bordas irregulares ou que comprimem estruturas adjacentes, podem indicar malignidade. A biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico.
Como identificar se o tumor está crescendo rapidamente?
A realização de tomografias seriadas é a melhor forma de avaliar o crescimento do tumor e determinar se ele pode ser maligno.
O tumor fibroso da pleura pode afetar outros órgãos?
Na maioria dos casos, ele está restrito à pleura. No entanto, em tumores malignos avançados, pode ocorrer invasão de estruturas adjacentes, como pulmão ou parede torácica.
Quem deve procurar um médico sobre tumor fibroso da pleura?
Pessoas com histórico de sintomas respiratórios persistentes, dor torácica inexplicada ou achados anormais em exames de imagem devem buscar avaliação com um cirurgião torácico.
O tumor fibroso da pleura é uma condição rara, mas que pode ser manejada com sucesso na maioria dos casos, especialmente quando diagnosticada precocemente. O
acompanhamento médico e a escolha de um centro especializado são fundamentais para garantir o melhor tratamento e prognóstico.
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